PUBLIEDITORIAL

Uma cidade a caminho de sua mata

Mata do Krambeck agora é parque estadual e, no futuro próximo, será aberta para visitação pública
Mata do Krambeck agora é parque estadual e, no futuro próximo, será aberta para visitação pública

Parque Estadual Mata do Krambeck passa a integrar o Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC) e o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). Foto: Cristiano Machado/Agência Minas

Não é de hoje que especialistas relatam o quanto o distanciamento do ser humano do convívio com as áreas verdes é responsável pela desconexão que leva uma parcela da sociedade a querer invadir sem critérios e a destruir os patrimônios naturais. Felizmente, Juiz de Fora caminha na contramão com a criação do Parque Estadual da Mata do Krambeck que permitirá à população o contato próximo com a natureza exuberante que é uma das maiores remanescentes do bioma da Mata Atlântica em área urbana do Brasil. Sob a lógica de uma nova consciência ambiental, é na proximidade, sempre que possível, que está a melhor forma de preservação. Afinal, quem ama não maltrata. 

“Para Juiz de Fora, um parque ou uma área verde bem preservada, como a Mata do Krambeck, contribui para o microclima, faz com que haja diminuição da temperatura, formação de uma biota diferenciada, juntamente com uma fauna que é apropriada para esse ambiente de Mata Atlântica”, explica o diretor de Áreas Protegidas do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Breno Lasmar.  Além dos aspectos climáticos, a área 292 hectares e perímetro superior a 7 mil metros é habitat de espécies animais raras e de flora diversa.  

Após a publicação do decreto estadual de criação do parque, no final de outubro, segue-se agora a contratação de estudos necessários que constituirão o Plano de Manejo da Unidade de Conservação. Trata-se de um documento importante que definirá as diretrizes e prioridades para sua utilização e conservação. Outra iniciativa é a formação de um conselho representativo formado por diferentes agentes da sociedade. “Esse conselho vai atuar na elaboração e na aprovação desse estudo e no processo de organização do funcionamento”, acrescenta Breno. 

Um dos objetivos da criação do parque é promover a preservação das condições ecológicas locais, incluindo os corpos hídricos e áreas de recarga, impedindo ações de desmatamento e degradação ambiental. Outra diretriz é proteger o ecossistema local, conservando sua característica peculiar como importante refúgio de animais da fauna silvestre regional em meio à ampla extensão urbana vizinha.  

A interatividade maior da população com a área verde que povoa o imaginário com lendas e superstições representa para Juiz de Fora muito mais que um ganho recreativo ou a simples expansão do uso público. “Estudos demonstram melhoria no aspecto psicológico, além dos aspectos de saúde pública”, explica o diretor de Áreas Protegidas do IEF, ao destacar as atividades físicas que poderão ser realizadas no parque, promovendo ganhos na qualidade de vida. 

Conteúdo de responsabilidade do anunciante