Outubro já é conhecido mundialmente pelas campanhas de conscientização e prevenção do câncer de mama, tipo mais comum da doença que afeta a saúde da mulher, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), assim como do colo do útero que ocupa a terceira posição. Um dos grandes desafios das pacientes é manter a autoestima durante o tratamento e mesmo após a cura. Tarefa difícil, mas bastante possível, como mostra a costureira da Loback Store, Marilene Xavier Martins, que superou o câncer no colo do útero 

Com um sorriso no rosto, colorido pelo batom vermelho que é sua marca característica, ela conta o que fez para se manter firme durante período tão desafiador. “Não ficava pensando no que estava se passando comigo. Tentava me distrair com outras coisas. Saía um pouco de casa para ver o movimento e não ficar focada no problema. Quando percebi que o tratamento estava dando certo, queria voltar a trabalhar logo”, revela Marilene.  

Familiares e amigos não entendiam o porquê de tanto entusiasmo pelo retorno ao trabalho, mas confeccionar roupas íntimas para outras mulheres alimentava sua autoestima. “Gosto muito do que faço. Costuro com muito carinho, pensando em quem vai comprar, em quem vai usar. Capricho bem, porque é muito bom vestir uma peça bonita, se sentir bem. É bom se olhar no espelho e se sentir mais bonita. Mesmo que ninguém vá ver, nós estamos vendo. É muito importante gostar de nós mesmas”, ensina Marilene.  

CEO da Loback Store, Luciene Scoralich trabalha com lingerie há mais de 20 anos, e acredita que as peças são fundamentais para que a mulher mantenha sua autoestima, uma vez que a roupa íntima deixou de ser uma peça escondida, tornando parte essencial do look.  

“A lingerie é uma expressão de quem nós somos, do que gostamos e, principalmente, do nosso autocuidado, assim como nossas roupas. Quando a mulher usa uma lingerie que a valoriza, que a faz se sentir confortável com ela mesma, que a faz se sentir linda, sua autoestima se eleva. Ela ganha disposição e confiança para enfrentar o dia. De modo geral, só cuidamos do que gostamos, e as peças íntimas podem auxiliar no processo de aceitação e admiração de nós mesmas”, afirma Luciene.  

Hoje, já aliviada e agradecida por tudo que passou, a costureira da Loback dá um conselho a todas as mulheres. “Fazer o exame preventivo é muito importante. Eu nunca tinha feito e, quando fiz, já tive que recorrer à biopsia. Se fizesse o exame regularmente, talvez a doença não teria chegado no estágio que chegou”, alerta.