Em entrevista à Rádio Transamérica, o diretor do Canil Municipal de Juiz de Fora, Atila de Jesus, destacou as ações que estão sendo realizadas e programadas para acolher os animais que sofrem maus-tratos e estão sob risco de sofrimento
O Canil Municipal de Juiz de Fora está passando por uma transformação. Há oito meses sob os cuidados do diretor Atila de Jesus, o espaço está sendo adaptado para oferecer ainda mais conforto e bem-estar aos animais. Durante entrevista nesta semana à Rádio Transamérica, o diretor, que é médico veterinário, destacou as ações para um maior controle da população animal e enfatizou que abandono de animais é considerado ato criminoso.
Até por isso, o Canil não aceita mais animais abandonados, e Atila garante que essa atitude está respalda pela legislação. “Quem abandona um animal está cometendo um crime e não importa o motivo, seja por problemas financeiros, de saúde, seja lá o que for. Quem não deseja mais um animal que está sob sua responsabilidade precisa encontrar um outro adotante, uma pessoa que possa cuidar dele”, explicou o diretor do Canil Municipal.
Para evitar que os animais abandonados fiquem vagando pelas ruas à própria sorte, Atila observou que estão trabalhando para a implantação de um chip nos bichinhos com informações e dados de seu dono. Esse procedimento vai inibir o abandono, assim como permitir que os responsáveis pelo ato criminoso seja identificado e devidamente penalizado.
“Hoje, o Canil recolhe os animais que são atropelados, que estão feridos ou gravemente doentes. As fêmeas no cio e alguns casos de filhotes que estão na rua nós também abrigamos. Assim, estamos transformando o espaço em uma casa de passagem. Um lugar em que eles são tratados e cuidados. Depois, dependendo do caso, podem voltar ao local de origem”, explica o médico veterinário.
A castração animal é uma grande aliada no combate ao abandono e no controle da população animal. Por isso, em parceria com a Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Paraibuna (AMPAR) e com o Consórcio Intermunicipal Multifinalitário do Vale do Paraibuna (CIMPAR), o Canil Municipal castrou todos os animais que estão sob seu cuidado. Atila destaca que Juiz de Fora é bem atuante nesse processo. Segundo ele, há projetos da iniciativa privada, de âmbito estadual e municipal voltados para esta finalidade. Proprietários podem ter acesso a serviços gratuitos para castrar seu animal.
“A castração é importante exatamente para diminuir a quantidade de cães criados sem o mínimo de cuidado, assim como os que são abandonados na rua. Nosso caminhão recolhe cadelas que estão no cio ou grávidas. É comum que os filhotes nasçam no canil onde são colocados para adoção. Alguns não resistem. A cadela é castrada e colocada novamente no seu ambiente”, observou o médico veterinário.
Atualmente, existem cerca de 800 animais no Canil Municipal, número que representa a lotação máxima. Por isso, são desenvolvidos periodicamente projetos e campanhas de incentivo à adoção. O espaço é aberto a visitação para grupos de escolas e de escoteiros, mas a intenção é ampliar ainda mais esse leque de visitantes.
“Em breve, quando terminarmos algumas modificações que precisam ser feitas, vamos abrir para o “domingo do voluntariado animal”. As pessoas poderão ir até lá para adotar, tirar foto, conhecer e cuidar dos animais. Vamos também abrir aos sábados, para quem quiser adotar”, adiantou Atila.
Resolver o problema de todos os animais abandonados certamente ainda é um trabalho que vai levar tempo, mas ações alternativas podem e devem ser tomadas pelas comunidades, a fim de minimizar o sofrimento dos animais de rua. “Temos uma lei estadual que permite a colocação de água e alimentos para cães na porta das casas. O cuidado pode ser comunitário”, finaliza o diretor do Canil Municipal.
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