A adolescência é uma fase de muitas descobertas, porém não está isenta de dores e grandes perdas. Aos 14 anos, o enfermeiro especializado em estomaterapia, Jonathan Paiva, precisou lidar com a morte do pai em decorrência de uma doença. Em meio ao luto, surgiu, então, uma inspiração que seria decisiva para o seu futuro: trabalhar na área da saúde para cuidar de outras pessoas.

“Eu tive uma espécie de ‘chamado interno’ e percebi que queria ajudar e fazer a diferença na vida de muita gente. Ainda não sabia qual a área eu seguiria, mas tinha certeza que seria na saúde”, explica Jonathan Paiva. Com o tempo, um amigo, já falecido, cursava o técnico em enfermagem e o convenceu a seguir pela mesma área. Assim, em 2006, Jonathan mudou-se do Rio de Janeiro para Juiz de Fora e ingressou no curso. “Foi a decisão correta. A paixão dele rapidamente se tornou a minha paixão”, relembra.

Mesmo formado e já trabalhando como técnico em enfermagem, Jonathan sentiu que precisava obter mais conhecimento para poder ajudar melhor seus pacientes. Em 2012 ingressou na faculdade de enfermagem. Depois, seguiu para a pós-graduação em terapia intensiva, área que atua até hoje.

O campo da saúde demanda aos seus profissionais formação e atualização contínua, o que fez Jonathan aprender mais e ir além. Então, resolveu estudar a estomaterapia, área da enfermagem que cuida da integridade da pele do paciente. É ela a responsável pelos cuidados de feridas, sejam agudas ou crônicas, incontinência anal e urinária, fístulas e cateteres.

Nesta especialidade, o enfermeiro encontrou o seu propósito, afinal sentia que com a estomaterapia poderia salvar vidas de uma forma diferente. “Eu ajudo a salvar vidas ainda em VIDA, porque são pessoas que, de certa forma, possuem problemas que as limitam a desenvolver o seu melhor potencial. Meu papel é chegar ali, onde a ferida ainda está aberta, e cuidar dessa pessoa. Saber que o meu conhecimento e minha trajetória podem acrescentar para o paciente uma mudança de vida é gratificante.”