Sujeira e algumas estruturas danificadas, muitas em razão do vandalismo, são realidade na Praça do Bairro Nova Era (Foto: Fernando Priamo)
As praças sofrem o desgaste natural por estarem diretamente expostas às intempéries, o que, somado à falta de conscientização sobre o uso do espaço público, provoca a evasão dos usuários. Essa ausência abre espaço para uma série de problemas, que vão desde a degradação do equipamento à falta de segurança. Foi o que a reportagem da Tribuna ouviu no contato com moradores do Bairro Nova Era sobre a Praça Rafael Silva Cruz, por exemplo. Há, no entanto, uma realidade muito distinta que pode ser verificada em cinco outras praças da cidade, as primeiras a receber o programa “Praça Viva”, que promove a adoção dos espaços por entidades da sociedade civil, associações de moradores, ou até mesmo pessoas físicas ou jurídicas cadastradas no município. A parceria completou o primeiro ano em agosto de 2021 e passa por remodelações que estarão incluídas em um novo edital, que poderá contemplar outras comunidades, como a do Nova Era.
Na Praça Rafael da Silva Cruz é possível flagrar o ajuntamento do lixo promovido pela população do entorno, muitas horas antes do horário previsto para a coleta. Há, também, muito resíduo espalhado pelos ambientes do equipamento. Além disso, parte de um barranco na parede lateral do espaço cedeu, podendo resultar em problemas mais graves com a aproximação do período das chuvas.
"A Prefeitura demora muito a fazer a capina, e as pessoas não colaboram. É um espaço frequentado por algumas crianças e isso nos preocupa, porque é perigoso."
O espaço é informalmente cuidado por alguns moradores do entorno. Um deles é o metalúrgico aposentado José Paulo da Silva, que mora há 35 anos em frente à praça Rafael Silva Cruz. Por iniciativa dele, começaram a ser plantadas espécies frutíferas e ornamentais de árvores, das quais o morador se orgulha.
O empenho dele em trazer outro clima para a praça se traduz nas muitas espécies que, com a contribuição de outras pessoas, foi possível reunir, entre elas: árvores de pitanga, acerola, jamelão, jambo, laranja, abacate, manga, jabuticaba e goiaba. Todas elas têm um pneu pintado de branco na base, que também José Paulo ganhou.
“O que precisa fazer para melhorar é o mínimo e depende muito da boa vontade das pessoas. Tem tempo que aguardamos uma solução para o barranco. Espero que isso ocorra antes que algo mais grave aconteça. Uma árvore já caiu, imagina se machuca alguém?”, questiona. Para o futuro, ele espera que a praça receba os reparos que precisa, que vão desde a necessidade de pintura da quadra, do roçado, até a reforma dos brinquedos do parquinho, para que mais pessoas se sintam seguras para usufruir do espaço. “Moro aqui há 35 anos. Quero ter a alegria de ver a criançada colhendo as frutas das árvores, aproveitando a sombra delas, brincando com segurança, com o espaço limpo, bem cuidado.”
Em nota, a Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização (Empav), informou que foi feita poda e corte da grama na praça do Nova Era em janeiro de 2021 e, depois, em maio. A Empav ressaltou que está trabalhando no levantamento das demandas de pequenos reparos a ser realizado em todas as praças da cidade. “O objetivo é elaborar uma programação de manutenção regular. Com isso, conseguiremos também organizar a demanda a ser planejada ao longo do próximo exercício financeiro, considerando a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2022, para que seja possível o atendimentos das demandas”.
Remodelação
Por toda a cidade é possível encontrar praças que, como a do Nova Era, precisam de reparos. O projeto de adoção desses equipamentos pode ser a solução. As cinco primeiras praças contempladas na primeira fase do programa Praça Viva, mesmo com as restrições de circulação impostas pela pandemia de Covid-19, têm as primeiras mudanças e efeitos apontados pelos frequentadores, pelos adotantes e pela Prefeitura.
De acordo com o titular da Secretaria de Planejamento do Território e Participação Popular (Seppop), Martvs das Chagas, a atual gestão verificou o potencial do projeto implantado na administração passada, mas identificou alguma dificuldade na comunicação com a população. O secretário adianta que o programa passa por uma remodelação e teve a sua nova estrutura apresentada, na quinta-feira (23), durante a primeira reunião do novo comitê gestor das praças da cidade, que terá a coordenação da Seppop.
Nesse momento, conforme Martvs, é importante a abertura de diálogo com as comunidades, para levantar as demandas de cada ponto. Ele ressalta a importância dos moradores se sentirem pertencentes aos espaços. “Queremos criar uma relação positiva dos moradores com aquele território. O que vai nos ajudar em outras tarefas, como na conscientização sobre o cuidado com o meio ambiente, o cuidado com a cidade. Queremos agregar, além da pura e simples adoção da praça, esse diálogo que permitirá criar uma cultura diferente para o olhar sobre os bens públicos.”
Para isso, os pontos positivos das atuais experiências estão sendo reportados, e os negativos entram com possíveis sugestões de correções. A ideia, segundo Martvs, é que um novo chamamento público seja feito com todas as outras praças da cidade. Iniciando novamente com a modalidade não onerosa, com a sensibilização da iniciativa privada e das demais entidades que sejam sensíveis a esse cuidado, e também avançar na implantação do modelo oneroso.
Morador do Bairro Nova Era, João Paulo da Silva cuida das plantas e das árvores da praça (Foto: Fernando Priamo)
"Esse não é um projeto da Prefeitura, é um projeto para a cidade, para que todos possam usufruir dos espaços públicos que nos são tão caros", complementa o secretário.
O arquiteto, historiador e professor do Departamento de História da UFJF, Marcos Olender, frisa que é fundamental manter destacado que o processo de adoção não deve interferir na utilização pública das praças. A importância central desse tipo de parceria, conforme ele destaca, é atender as necessidades e particularidades de cada praça.
“Não podemos confundir a praça com a empresa ou qualquer outra entidade que esteja ajudando a cuidar dela. Precisamos diferenciar o que é público do que é privado. Esses espaços são pertencentes à sociedade, e as comunidades que vivem nessas localidades precisam ditar o que é importante ter naquele espaço”, explica o professor.
Para Olender, é a escuta das necessidades e usos que a comunidade dá para esses equipamentos que deve conduzir quais são as prioridades e quais intervenções devem ser feitas. Ele alerta para o risco de equívocos, como na Curva do Lacet, área de lazer utilizada pela comunidade do Bairro Dom Bosco que “foi apagada e perdeu seu significado”.
O processo de escuta das demandas de cada população, segundo o professor, é essencial para esse momento de remodelação do projeto. Ele exemplifica essa preocupação por meio da Praça da República, no Bairro Poço Rico. De acordo com Olender, o contato com os moradores pode sinalizar como o espaço pode ser melhor aproveitado. “A melhor forma de valorizar e preservar o marco (do centenário da cidade, um painel modernista assinado por Di Cavalcanti) é fazer com que as pessoas se assenhorem dele, que usem para lazer, para confraternização e convívio. Se não for assim, vai continuar abandonado. Quem for adotar tem que ter isso em mente.”
O professor ainda afirma que as praças serão ainda mais importantes no momento de retorno ao convívio, com o avanço da vacinação e a melhora dos índices da pandemia. “Estamos voltando à vida em comunidade aos poucos. As praças vão ser os primeiros espaços a serem ocupados nesse retorno. Os espaços para eventos voltam a funcionar com as medidas de segurança, mas as praças são ambientes arejados, abertos, com circulação de ar, onde o contágio é menor. Elas precisam estar bem cuidadas e preparadas para abraçar as pessoas novamente.”
Marcos Olender, arquiteto e historiador, defende que as praças precisam atender às necessidades da população
A Praça Benjamin Colucci, no Bairro Santa Terezinha, é a única, entre as cinco praças que fazem parte do programa “Praça Viva”, que é adotada exclusivamente pela Associação de Moradores. As irmãs Sandra Eliane e Vanda Eliane, e a mãe delas, Clauides Maria Batista, frequentam regularmente o local e atestam que a zeladoria no espaço tem sido feita com frequência, permitindo que elas usufruam da praça sempre que podem. “É um lugar bom de ficar, fresquinho, onde podemos descansar na sombra das árvores. Sempre vemos idosos usando a mesa de jogos, crianças brincando, é sempre tranquilo o movimento”, diz Sandra.
Atenta aos desejos da comunidade, a Associação de Moradores atendeu à solicitação para a retirada de um escorregador que estava fora dos padrões e causava risco para as crianças, já que não havia o banco de areia necessário para diminuir o impacto de quem descia pelo brinquedo. “Eliminamos 100% dos problemas frequentes e agora o ambiente é para todas as pessoas. As famílias frequentam. Está sempre limpinho e tudo pintado”, garante a primeira secretária da associação, que responde no momento como presidente, Dagmar Fontes. “A praça é monitorada, há placas informando, há crianças brincando, o que afastou quem promovia usos inadequados. Mantemos a capina, a pintura e vamos fazer a jardinagem também. O que falta é a poda que já pedimos à Empav, mas ainda não ocorreu. Há muita erva de passarinho e já houve queda de galho também”, afirma Dagmar.
Em nota, a Empav afirmou que a Praça Professor Benjamin Colucci já recebeu o serviço de poda, que, segundo o órgão, aconteceu duas vezes, em fevereiro e em setembro deste ano. No entanto, apenas uma árvore aguarda laudo, mas a empresa garante que o caso será resolvido brevemente.
A aposentada Marta Mello e a pedagoga Kamila Schefer acompanham crianças no parque da Praça Jarbas de Lery dos Santos, no Bairro São Mateus, e apontam as novidades após a adoção do local pela Unimed Juiz de Fora: academia ao ar livre, espaço para a prática de skate e pintura da quadra, com um desenho feito por artistas na parede lateral. Elas comentam que, no princípio, logo que a mudança ocorreu, as condições estavam melhores. Mas por conta da grande movimentação no espaço, há algumas coisas que precisam de maior atenção. “O balanço está quebrado e pode cair, o que representa risco para as crianças. Muita gente entra com o cachorro na área do parquinho, e o local fica com cheio de urina forte”, diz Marta. Já Kamila sugere a instalação de um bebedouro para a hidratação dos frequentadores.
O diretor de Relacionamento e Mercado da Unimed Juiz de Fora, Glower Braga, confirma que recebeu a informação de que o brinquedo do parque está quebrado e garantiu que a equipe de manutenção já foi orientada a realizar o reparo. Ele detalha que a varrição ocorre três vezes na semana e a renovação do paisagismo tem sido intensificada. “Trouxemos sustentabilidade para o ambiente, o que afasta pessoas que usam a praça para fins inadequados, como o vandalismo ou o uso de drogas. Iluminamos o ambiente de forma diferente, instalamos a academia, reformamos a quadra e, com isso, o ambiente ficou mais salutar.”
Sobre as atividades presentes na praça, antes mesmo da adoção, como a feira de orgânicos e a feira de artesanato, segue a intenção da Unimed de continuar promovendo e incentivando a ocupação do espaço e a promoção da saúde. O compromisso, segundo Glower, é sustentar e ampliar, conforme as demandas apresentadas pelos usuários.
Para o diretor, o principal desafio é o aspecto da educação para o uso do equipamento público, sendo necessário que as pessoas também se sintam responsáveis por ele. “A cidade ganha vida na medida em que a gente se preocupa com ela, quando (as pessoas) percebem que há um impacto jogar papel na rua, com o esgoto que entope. Quando as pessoas apontam algo que precisa ser melhorado, mostram que estão preocupadas com a praça e percebem a mudança e a seriedade desse trabalho.”
O jardineiro Maicon Silva recolhe as folhas que juntou em um canto da Praça Poeta Daltemar Lima, no Bairro Bom Pastor, como costuma fazer de segunda a sexta-feira, enquanto comenta que, além de limpar e manter a poda das plantas em dia, sempre se esforça para deixar o ambiente conservado. “A praça é bem grande e manter ela limpa e organizada dá trabalho, mas vale a pena. É um local bom de ficar, que muita gente frequenta porque é agradável, bem cuidado.”
O empenho de Maicon rende elogios dos frequentadores, que reconhecem as mudanças após a adoção do local. “A aparência está bem melhor agora. Percebemos que, apesar do movimento ser grande, tudo está muito cuidado”, elogia o estudante Victor Gomes, que leva seu pet para utilizar o Parcão. “Vejo que ainda são necessários pequenos reparos, como a tela do Parcão, mas, no todo, a mudança é muito boa.”
A Praça Poeta Daltemar Lima é a única, entre as primeiras adotadas, em que duas entidades sem fins lucrativos dividem as responsabilidades: A Associação de Moradores e Amigos do Bairro Bom Pastor e o Instituto Albert Sabin. Ela foi a primeira a ter um projeto de adoção apresentado, antes mesmo de o programa ser lançado.
O presidente da Associação de Moradores, Luiz Ricardo Lima Reis, diz que membros do grupo participaram ativamente da elaboração do primeiro edital.
Segundo ele, o primeiro passo, que é a zeladoria e a manutenção, está completo. São executadas capina, roçado, poda, pintura de pista, dos bancos e do meio-fio regularmente. Com isso, e com o período pandêmico, a praça, como espaço aberto, atraiu muitos usuários, não só oriundos do bairro, mas também de outras localidades, especialmente, aos finais de semana.
Com esse aumento no fluxo e do tempo de permanência das pessoas no local, aumentou a demanda por outros serviços. “Como o modelo de adoção é não oneroso, não pode haver exploração comercial. Temos a feira de agricultura orgânica e de artesanatos, que são eventos semanais, adequados e regularizados. Desse modo, diversos ambulantes passaram a estar na praça.”
A situação, conforme Luiz Ricardo, foi reportado à Prefeitura e deve ser um dos pontos a ser discutido e alterado. Há ainda outros projetos que aguardam mudanças na legislação para ocorrerem.
“Queremos sempre melhorar, a próxima etapa nos levará a outro patamar.” Na avaliação dele, a gestão compartilhada com o Instituto Sabin é um sucesso, opinião compartilhada com o presidente da entidade, Célio Chagas, que considera a parceria um exemplo para a cidade.
“Melhoramos a usabilidade e a frequência da praça e todo o conceito que o morador deseja que sua praça tenha. Não só a comunidade do bairro, mas de toda Juiz de Fora se beneficiou desse trabalho.”
A reestruturação do programa “Praça Viva”, segundo Célio, permitirá a realização de um projeto moderno, adequado às expectativas e usos que uma praça inserida nos tempos de hoje tem. Para isso, ele destaca que a escuta das avaliações das pessoas é permanente e indica os rumos que são esperados para o equipamento no futuro. “Para nós, é uma satisfação muito grande entender que conseguimos executar e implementar todo o propósito e conceito inicial, mostra que temos um posicionamento maduro de como fazer uma gestão transformadora.”
No momento, há um estudo junto à população para o desenvolvimento do calendário de eventos da praça. “Como gestores da praça, temos nos informado com a comunidade sobre o que eles gostariam que a praça tivesse. Para que não ocorram eventos não conformes com a expectativa de quem de fato usa a praça.”
A babá Ana Paula Valentim frequenta a Praça Presidente Kennedy, no Bairro Paineiras, diariamente e sempre presencia o responsável pela zeladoria trabalhando no local. Para ela, o espaço bem cuidado tem levado mais pessoas a frequentar a praça. “As crianças adoram brincar aqui. Ficam nos montes de areia, e tem um bom lugar aberto para ficar. Como fica perto do trabalho, é muito acessível para que a gente venha.”
Ana Paula identifica, no entanto, que falta educação por parte de alguns frequentadores. Ela relata que muitas famílias que têm animais de estimação passeiam com seus cachorros na praça e não se preocupam em colaborar para a conservação do equipamento. “Sempre tem cocô de cachorro que fica espalhado, porque os donos não limpam. O que eu percebo que falta é consciência. Se todos ajudam a cuidar, a praça fica cada vez melhor”, avalia.
Ela também faz uma sugestão para o aprimoramento da experiência no local. A descida da Rua Almirante Barroso tem um fluxo intenso, e muitos veículos passam pela via em alta velocidade. “Seria interessante que colocassem alguma barreira, seja uma cerca, ou algum outro instrumento para proteger as crianças. Porque um minuto de distração, se elas correm, podem acabar sofrendo um acidente grave.”
A proponente da adoção da Praça Presidente Kennedy era a Incorporadora Poço Rico, que agora se chama Sonar Incorporadora. Segundo o diretor da empresa, Yuri Estiguer, o balanço do primeiro ano de parceria é positivo. “Nossa primeira providência foi realizar uma limpeza na praça, reparar itens quebrados e consertar a iluminação já existente para que os moradores e usuários da praça pudessem já utilizar o local com mais conforto e segurança.”
Em um segundo momento, a empresa incluiu uma placa no local, com um QR code que direcionava os usuários para uma página de opinião na internet. “Queríamos ouvir das pessoas que realmente usam a praça o que era importante para elas ali: mais grama, espaço de exercício, parquinho, mais iluminação. Depois desse resultado, estamos analisando com a Prefeitura o que é possível implantar nos próximos meses.”
A proximidade com o espaço, já que a incorporadora tem um empreendimento em frente ao equipamento, permite um acompanhamento feito diariamente, conforme o diretor. Por isso, ainda de acordo com ele, não ocorreu nenhum grande desafio para manter o espaço.
O casal de comerciantes Ruth Luzia e Alexander Lima sentiu a necessidade de se aproximar e cuidar da Praça Doutor Dirceu de Andrade, no Bairro Teixeiras, há, pelo menos, sete anos. Ruth conta que eles tinham a vontade de que mais famílias utilizassem o espaço para o lazer de maneira saudável. Eles acreditavam que se a praça fosse cuidada de maneira mais intensa, as chances de que esse objetivo ocorresse seria maior.
“Queríamos que as crianças pudessem brincar com pula-pula, que as famílias tivessem um lugar aconchegante para ficar, sem tumulto, sem desrespeito”, confidencia Ruth. Alexander conta que, como dono de um bar em frente à praça, solicitou a instalação de mesas e cadeiras no equipamento público e percebeu que aumentou a frequência das pessoas. “Queremos tomar conta da praça. Quando vemos algo acontecer, somos os primeiros a chegar. Conversamos com todo mundo numa boa.”
Com o projeto “Praça Viva”, a Inter SPE Juiz de Fora 14 Incorporações Ltda se tornou adotante da praça. O que causou dúvidas para o casal de comerciantes, que ficou sem saber se poderia continuar a atuar na praça, como alegam fazer.
Em nota, a Secretaria de Planejamento do Território e Participação Popular (Seppop) reiterou que a Inter é a adotante da praça e, portanto, a responsabilidade sobre a manutenção do equipamento é da empresa. No entanto, informou que Alexander havia solicitado o uso público do espaço da Praça Doutor Dirceu de Andrade, dispondo de 10 mesas e 38 cadeiras.
“Esta solicitação gerou o processo de nº 9875/2016, e, para ocupar esse espaço, o comerciante paga um valor definido pela PJF (preço público), que é recolhido através de Documento de Arrecadação Municipal (DAM) referente à utilização do local ocupado pelas mesas e cadeiras.”
A Seppop ainda ressaltou que o recolhimento realizado pelo contribuinte não gera a obrigação de cuidar da manutenção da praça, apenas, pelo uso do espaço público. “Por tanto, para a Seppop não há conflito de interesses entre a empresa adotante que faz a manutenção do espaço, e do comerciante que utiliza o local com seu equipamento.”
A equipe da Tribuna fez contato com a Inter SPE Juiz de Fora 14 Incorporações Ltda por telefone e email, assim como todas as outras adotantes, para colher uma avaliação sobre o primeiro ano de parceria e sobre as ações desenvolvidas no equipamento adotado. Porém, até o fechamento desta edição, não recebeu retorno.